Mesmo que você não consuma alimentos fast food, é impossível não ter ouvido falar do Burger King, não é mesmo? A franquia está entre as 10 maiores marcas do ramo no mundo, segundo relatório produzido pela Kantar em 2021. Pensando em sua influência, neste artigo abordaremos os seguintes tópicos:
- Primeiros anos da jornada do Burger King
- Expansão e sucesso da marca
- Disputa entre as redes de fast food
- Guerra dos hambúrgueres e impactos
- Recuperação do Burger King
- Burger King no Brasil
- Saiba mais com a Arena Marcas e Patentes!
Primeiros anos da jornada do Burger King
A história do Burger King se inicia em 1953, quando Keith Kramer e Matthew Burns fundam o restaurante Insta-Burger King, em Jacksonville, cidade da Flórida.
Frente a uma mudança no modo de consumo estadunidense, no qual as pessoas buscavam formas cada vez mais rápidas de se alimentar, Kramer e Burns, ao acompanhar o início do movimento, cujo expoente era o Mcdonald’s, inspiraram-se e decidiram criar o seu próprio negócio de hambúrgueres.
O nome do restaurante se originou da máquina de grelhar cujos direitos haviam sido comprados pela dupla, a qual era denominada Insta-Broiler.
A ideia logo se tornou um sucesso e, em 1954, percebendo a necessidade de expandir o negócio iniciado por Kramer e Burns, David Edgerton e James Mclamore compraram uma franquia da Insta-Burger King para ter atividade em Miami, também no estado estadunidense.
Eles ainda desenvolveram uma churrasqueira a gás que solucionou os problemas da antiga Insta-Broiler, a qual eles chamaram de “grelhador de chamas”.
Expansão e sucesso da marca
Em 1957 o negócio se expandiu e eles já vendiam o famoso Whopper, um hambúrguer que faz sucesso até hoje e foi responsável por trazer mais clientes ao seu negócio.
No ano de 1959, Mclamore e Edgerton compraram toda a empresa e a reestruturam, em um contexto de problemas financeiros dos fundadores Kramer e Burns.
No ano de 1967, a Burger King Corporation foi comprada pela Pillsbury Company por US $18 milhões. Alguns anos depois, ao final da década de 1970, a empresa passou a ocupar o segundo lugar na lista de maiores marcas de hambúrgueres dos Estados Unidos, atrás apenas do McDonald ‘s.
Disputa entre as redes de fast food
Burger King X McDonald ‘s, uma batalha e tanto, não é? As redes de fast food antagonizavam entre si desde o início da história do Burger King, e principalmente em torno da década de 1980, disputaram uma liderança no mercado.
Em 1978, o Burger King contratou Donald N. Smith, um dos principais executivos do McDonald ‘s. Smith reestruturou não apenas o cardápio da empresa, mas também seus acordos de franquia, impedindo que os proprietários tivessem franquias em outras redes.
Nesse contexto, o Burger King iniciou uma aproximação com o público infantil, concorrendo com os comerciais do Mcdonald ‘s, os quais eram compostos por versões live-action de seus personagens Ronald McDonald e seus amigos.
Smith também introduziu os primeiros sanduíches com peixe da empresa, concorrendo com as empresas Kentucky Fried Chicken e Wendy’s. As vendas aumentaram cerca de 15% até 1980, porém Smith deixou a empresa para trabalhar na PepsiCo, e as vendas decaíram.
Guerra dos Hambúrgueres e impactos
Quem ficou responsável por colocar a empresa nos eixos novamente foi Norman Brinker, introduzido no início dos anos 80. Ele começou o fenômeno conhecido como Guerra dos Hambúrgueres, exibindo comerciais que defendiam uma superioridade do Burger King em relação ao McDonald’s.
Assim como Donald Smith, Brinker trabalhou por um período curto antes de deixar a empresa. E sem nenhum deles, o Burger King decaiu novamente, contexto no qual foi adquirido pela empresa britânica Grand Metropolitan PLC.
Como a Grand Metropolitan tinha um foco mundial, ela alterou os métodos de distribuição do Burger King, substituindo o contrato de bebidas realizadas com a Pepsi para a Coca-Cola.
Isso foi realizado em conjunto com a Walt Disney Company para se associar aos filmes da Disney e contribuiu para expandir o Burger King mundialmente, fator que também foi provocado pela compra parcial da empresa que administrava a rede de hambúrgueres britânica Wimpy.
Em 1992, a sede da empresa na cidade de Miami foi derrubada pelo furacão Andrew, mas foi recuperada rapidamente.
No ano de 1997, a Grand Met se fundiu com a Guiness para formar a Diageo INC, que infelizmente deixava o Burger King de lado em relação às suas propriedades de bebidas alcoólicas, como Johnnie Walker. Consequentemente, as vendas caíram novamente.
Recuperação do Burger King
A história do Burger King mudou quando a TPG Capital, apoiada pela Goldman Sachs e Bain Capital, comprou o Burger King por US $1,5 bilhão. Em 2006 foi lançado um IPO (entrada na bolsa), gerando US $425 milhões em receitas de capital.
A TPG foi responsável por introduzir o conceito de Whopper Bar, o que permitiu que clientes conhecessem melhor os hambúrgueres produzidos. A empresa, então cresceu US $ 3,2 bilhões.
O Burger King foi reformulado novamente e em 2011 estava progredindo tanto que a 3G Capital tornou a empresa pública novamente em 2012. Pouco tempo depois, no ano de 2014, o Burger King se fundiu com a Tim Hortons, uma rede de restaurantes e lojas de café.
Após essa fusão, a Restaurant Brands foi criada ao final do ano de 2014. A empresa adquiriu a Popeyes por US $ 1,8 bilhão, o que expandiu ainda mais as ofertas do cardápio, agora com hambúrgueres, donuts e frango frito.
O maior objetivo da Restaurant Brands nos últimos anos tem sido expandir em diversos segmentos de fast food. A partir do ano de 2018, o Burger King retomou o segundo lugar na Guerra dos Hambúrgueres, atrás apenas do Mcdonalds mais uma vez.
Burger King no Brasil
O Burger King está no Brasil desde 2004, quando o primeiro restaurante foi inaugurado no Shopping Ibirapuera, em São Paulo
Contudo, foi apenas em 2011, quando o grupo 3G Capital adquiriu o Burger King Corporation, que foi desenvolvida uma operação própria para iniciar suas atividades em solos brasileiros, por meio de uma associação entre a Vinci Partners e o 3G Capital.
Atualmente, o Burger King está presente em todos os estados brasileiros e possui mais de 850 pontos de venda, sendo uma marca já consolidada no imaginário de milhares de brasileiros.
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